quinta-feira, 14 de junho de 2012

Conhecer para amar e amar para seguir: a importância do estudo da cristologia para o amadurecimento da fé


            

Por Cesar Kuzma - teólogo

“Quem dizem os homens que eu sou” (Mt 16,13-15; Lc 9,18-21; Mc 8,27-30). Esta pergunta de Jesus dirigida aos seus discípulos num momento forte de sua vida, conhecida na teologia como “crise da Galiléia”, remete a nós o mesmo questionamento: “Quem é Jesus Cristo para nós hoje?”. Parece uma pergunta fácil, mas se pararmos por alguns instantes para escrever ou meditar sobre isso, perceberemos que encontrar uma resposta não será algo tão simples assim. Por que será? Qual é a inquietude que esta pergunta nos traz? Que questionamentos?

Vamos tentar fazer uma leitura sobre isso:

O mundo atual nos apresenta inúmeras propostas, uma mais atrativa do que a outra. Embora, devemos aceitar parte delas, para o nosso próprio bem, não podemos esquecer da razão primeira da nossa fé, que é Jesus Cristo. Para nós cristãos é ele é quem sustenta o nosso existir e é nele que se encontra toda a nossa esperança.

Assim sendo, faz-se necessário para o cristão atual – aquele que busca uma maturidade na fé – buscar conhecer mais sobre o seu mestre, sobre as suas palavras e sobre suas ações e, sobretudo, sobre o conteúdo de sua mensagem: o Reino de Deus. Neste horizonte encontra-se o estudo da Cristologia: doutrina sobre Jesus Cristo, como apresentação, desenvolvimento e interpretação da confissão de fé fundamental – Jesus de Nazaré é o Cristo, o Messias, o Filho de Deus e Senhor. Tal disciplina está no centro de toda teologia, pois cabe a ela apontar o Cristo, indicando os diversos caminhos que nos levam até ele. Em conformidade com isso, toda a realidade vivida por Jesus de Nazaré, seu itinerário, suas ações, palavras e milagres constituem a base para o processo de reflexão.

Por isso afirmamos que para um amadurecimento na fé é necessário antes de tudo conhecer – de modo profundo – quem foi e, quem é, de fato, Jesus de Nazaré. Somente conhecendo-o, primeiramente, a partir de uma experiência, e, posteriormente, buscando dar razões a isto, é que poderemos amá-lo sempre mais.
           
Se chegarmos neste ponto estaremos mais próximos de responder a pergunta de quem ele é, ao modo de Pedro, que diz: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo” (Mt  16,16). Contudo, não apenas por dizer, mas porque ele está vivo e faz parte de minha vida, vive em mim e eu nele. Eu conheço porque amo e amando eu passo a segui-lo sempre mais.


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